Orientação do Dia
19 abr
Tudo tem a ver connosco. Não com os outros. Devemos construir uma base sólida nas nossas próprias vidas. E, ao longo do caminho, enquanto nos debatemos para ultrapassar vários problemas e sofrimentos devemos esforçarmo-nos para conseguir tudo o que nos propusemos atingir. Este sofrimento é a carne e os ossos de um líder. Tornar-se-á o tesouro da nossa vida.

Nam-myoho-rengue-kyo

“É a Lei última ou verdade do universo, de acordo com os ensinos de Daishonin. Nichiren ensinou primeiro a invocação de Nam-myoho-rengue-kyo a um pequeno grupo de pessoas no templo Seicho-ji, na sua região natal de Awa, no Japão, a 28 de Abril de 1253. Significa literalmente ‘devoção a Myoho-rengue-kyo.’ Myoho-rengue-kyo é a forma japonesa de leitura do título chinês do Sutra do Lótus, que Nichiren considera como a essência do sutra, juntamente com o prefixo nam (uma alteração fonética a partir de namu), que aplicado à frase significa devoção ao título e essência do Sutra do Lótus. Nichiren identifica Nam-myoho-rengue-kyo com a Lei universal ou princípio, implícito no significado do texto do sutra.” (Dicionário de Budismo da Soka Gakkai, p.424)

Nam deriva da palavra sânscrita namu, que significa “devotarmo-nos.”

Myoho significa a Lei Mística – a verdade ou princípio subjacente que governa o funcionamento misterioso do universo e da nossa vida momento a momento. Myoho refere-se à própria essência da vida, que é “invisível” e para além da compreensão intelectual.

Rengue significa flor de lótus. O lótus floresce e produz sementes ao mesmo tempo, e, assim, representa a simultaneidade de causa e efeito.

Kyo significa literalmente sutra, a voz ou ensino de um Buda. Neste sentido, também significa som, ritmo ou vibração. Num sentido amplo, kyo transmite o conceito de que todas as coisas no universo são uma manifestação da Lei Mística. (Fonte: “Chanting Nam-myoho-renge-kyo, www.sgi-uk.org)

“Quando invocamos Nam-myoho-rengue-kyo, estamos simultaneamente a invocar o nome e a convocar a natureza de Buda nas nossas vidas e nas vidas dos outros. Quando a nossa fé vence a nossa dúvida e ilusão interiores, o poder da nossa natureza de Buda inerente é convocado pelo som do nosso daimoku e manifesta-se espontaneamente nas nossas vidas. O ponto-chave que separou o budismo de Nichiren Daishonin das outras escolas Budistas do seu tempo foi o estabelecimento deste meio concreto para atingir a Budicidade. E a partir do momento em que pela primeira vez declarou Nam-myoho-rengue-kyo até ao último momento da sua vida, Daishonin lutou ardentemente para ensinar este caminho supremo de iluminação às pessoas espalhadas pelo mundo.” (Daisaku Ikeda, ensaio sobre o Gosho “Sobre Atingir a Budicidade Nesta Vida”)

Em “Como Aqueles Que Inicialmente Aspiram Seguir o Caminho Podem Atingir a Budicidade Através do Sutra do Lótus”, Daishonin afirma: “Quando reverenciamos Myoho-­rengue­-kyo inerente na nossa própria vida como o objecto de devoção, a natureza de Buda dentro de nós é convocada e manifesta-se através da invocação de Nam-myoho-rengue-kyo. Isto é o que o Buda quer dizer quando afirma “Como ilustração, quando um pássaro engaiolado canta, outras aves que voem no céu e o ouçam vão ser convocadas e vão reunir-se à sua volta, e quando as aves que voam no céu se reunirem, o pássaro engaiolado lutará com todas as suas forças para se libertar. Quando invocamos a Lei Mística com as nossas bocas, a nossa natureza de Buda, sendo chamada, vai invariavelmente emergir.” (WND, 887) (Daisaku Ikeda, ensaio sobre o Gosho “Sobre Atingir a Budicidade Nesta Vida”)