Orientação do Dia
16 mar
Pode haver momentos em que os outros nos possam suscitar um sentimento de inveja. Mas os outros são os outros e tu és tu. Em vez de comparares todas as tuas alegrias e tristezas com as dos outros, deverias ter por objectivo ultrapassar os teus limites na situação em que te encontras neste momento. As pessoas que conseguem fazer isto são as que são verdadeiramente vitoriosas na vida, os verdadeiros génios.

Os 10 Mundos

Cada um dos Dez Mundos

Embora as nossas vidas estejam em constante mudança e experienciemos uma série de emoções de um momento para o outro, o budismo ensina que a forma como experienciamos a vida pode ser sempre compreendida como um de dez estados básicos de vida. Estes são chamados os Dez Mundos, e as seguintes caixas dão-nos uma breve noção de como é cada um destes Mundos:

Estes estados de vida não são positivos ou negativos em si. Cada um deles pode ter uma função positiva ou negativa (excepto Buda, que é constantemente positivo). O Inferno pode ter uma função positiva, já que pode fazer com que uma pessoa se liberte definitivamente dele. Bodhisattva, ou a ajuda aos outros, pode manifestar-se à custa da consideração pela nossa própria vida. Despen- der força vital para com as vidas dos outros sem prestar atenção às nossas próprias necessidades faz com que, inevitavelmente, a nossa vida se desloque para os estados de vida mais baixos.

Como é que este conceito funciona na prática? Aqui estão dois exemplos:

Posse Mútua dos Dez Mundos

O princípio de que cada um dos Dez Mundos possui no seu interior o potencial para a totalidade dos dez. “Posse Mútua” significa que a vida não é fixa num ou noutro dos Dez Mundos, mas pode manifestar qualquer um dos dez – do Inferno até ao estado de Budicidade – em qualquer momento. O ponto importante deste princípio é que todos os seres em qualquer um dos nove mundos possuem a natureza de Buda. Isto significa que cada pessoa tem o potencial para manifestar a Budicidade, e ao mesmo tempo um Buda também possui os nove mundos e, neste sentido, não é separado ou diferente das pessoas comuns. Um Buda é um ser humano comum que vive com o estado de vida da Budicidade e no entanto partilha a luta das pessoas comuns e continua a batalhar para a felicidade dos outros. (Daisaku Ikeda Newsletter da SGI 7851, 9 de Setembro de 2009)

Atingir a Budicidade na nossa forma presente

Os benefícios e bênçãos da Lei Mística são imensuráveis. Toda a vida – independentemente de em qual dos Dez mundos resida – é originalmente uma entidade da Lei Mística.

Portanto, mesmo se no presente estamos num estado de Inferno, ao transformarmos nesse momento o nosso estado de espírito ou foco, podemos manifestar imediatamente o nosso estado de vida mais puro e elevado como entidades da Lei Mística. Isto é o que significa atingir a Budicidade na nossa forma presente. Naturalmente, ‘na nossa forma presente’ não significa atingir a Budicidade enquanto nos afogamos no sofrimento ou nos rendemos à indolência. É necessária uma luta para transformar o foco das nossas mentes momento a momento. Nichiren Daishonin revelou o Gohonzon, o objecto de devoção, para que qualquer pessoa possa levar a cabo esta luta. Daishonin deu expressão ao estado de vida supremo que ele tinha atingido, ao inscrevê-lo sob a forma do Gohonzon. Aqueles que invocam Nam-myoho-rengue-kyo com fé neste Gohonzon podem romper através da escuridão e ignorância que encobrem as suas vidas e fazer emergir de dentro das suas vidas o estado de vida da Budicidade que é uno com a Lei Mística.

Acreditar no Gohonzon significa acreditar que o estado de vida supremamente nobre manifestado por Daishonin também existe nas nossas próprias vidas. Isto significa perseverar na fé e na prática como um devoto do Sutra do Lótus, tal como Daishonin fez. Somente ao lutar na fé com o mesmo espírito que ele ensina, é que podemos conquistar a ignorância ou escuridão que obscurece as nossas vidas. (Daisaku Ikeda, Newsletter da SGI 7473, 8 de Fevereiro de 2008)