Orientação do Dia
21 nov
Nem tudo na vida pode acontecer como gostaríamos. Há altura em que vencemos e outras em que perdemos. No entanto, mesmo se sofrermos uma perda momentânea, não nos devemos deixar derrubar por nós próprios. Aqueles que perdem a batalha interior são os mais desgraçados. Aconteça o que acontecer, digam o que disserem, por mais difíceis que sejam as circunstâncias actuais, desde que vençamos a batalha interior, seremos vencedores na vida.

Os 10 Mundos

Cada um dos Dez Mundos

Embora as nossas vidas estejam em constante mudança e experienciemos uma série de emoções de um momento para o outro, o budismo ensina que a forma como experienciamos a vida pode ser sempre compreendida como um de dez estados básicos de vida. Estes são chamados os Dez Mundos, e as seguintes caixas dão-nos uma breve noção de como é cada um destes Mundos:

Estes estados de vida não são positivos ou negativos em si. Cada um deles pode ter uma função positiva ou negativa (excepto Buda, que é constantemente positivo). O Inferno pode ter uma função positiva, já que pode fazer com que uma pessoa se liberte definitivamente dele. Bodhisattva, ou a ajuda aos outros, pode manifestar-se à custa da consideração pela nossa própria vida. Despen- der força vital para com as vidas dos outros sem prestar atenção às nossas próprias necessidades faz com que, inevitavelmente, a nossa vida se desloque para os estados de vida mais baixos.

Como é que este conceito funciona na prática? Aqui estão dois exemplos:

Posse Mútua dos Dez Mundos

O princípio de que cada um dos Dez Mundos possui no seu interior o potencial para a totalidade dos dez. “Posse Mútua” significa que a vida não é fixa num ou noutro dos Dez Mundos, mas pode manifestar qualquer um dos dez – do Inferno até ao estado de Budicidade – em qualquer momento. O ponto importante deste princípio é que todos os seres em qualquer um dos nove mundos possuem a natureza de Buda. Isto significa que cada pessoa tem o potencial para manifestar a Budicidade, e ao mesmo tempo um Buda também possui os nove mundos e, neste sentido, não é separado ou diferente das pessoas comuns. Um Buda é um ser humano comum que vive com o estado de vida da Budicidade e no entanto partilha a luta das pessoas comuns e continua a batalhar para a felicidade dos outros. (Daisaku Ikeda Newsletter da SGI 7851, 9 de Setembro de 2009)

Atingir a Budicidade na nossa forma presente

Os benefícios e bênçãos da Lei Mística são imensuráveis. Toda a vida – independentemente de em qual dos Dez mundos resida – é originalmente uma entidade da Lei Mística.

Portanto, mesmo se no presente estamos num estado de Inferno, ao transformarmos nesse momento o nosso estado de espírito ou foco, podemos manifestar imediatamente o nosso estado de vida mais puro e elevado como entidades da Lei Mística. Isto é o que significa atingir a Budicidade na nossa forma presente. Naturalmente, ‘na nossa forma presente’ não significa atingir a Budicidade enquanto nos afogamos no sofrimento ou nos rendemos à indolência. É necessária uma luta para transformar o foco das nossas mentes momento a momento. Nichiren Daishonin revelou o Gohonzon, o objecto de devoção, para que qualquer pessoa possa levar a cabo esta luta. Daishonin deu expressão ao estado de vida supremo que ele tinha atingido, ao inscrevê-lo sob a forma do Gohonzon. Aqueles que invocam Nam-myoho-rengue-kyo com fé neste Gohonzon podem romper através da escuridão e ignorância que encobrem as suas vidas e fazer emergir de dentro das suas vidas o estado de vida da Budicidade que é uno com a Lei Mística.

Acreditar no Gohonzon significa acreditar que o estado de vida supremamente nobre manifestado por Daishonin também existe nas nossas próprias vidas. Isto significa perseverar na fé e na prática como um devoto do Sutra do Lótus, tal como Daishonin fez. Somente ao lutar na fé com o mesmo espírito que ele ensina, é que podemos conquistar a ignorância ou escuridão que obscurece as nossas vidas. (Daisaku Ikeda, Newsletter da SGI 7473, 8 de Fevereiro de 2008)